Influencie mais: Use o NÃO com moderação

Um belo dia, você quer influenciar alguém a entender e aceitar seu ponto de vista, mas você responde às afirmações da pessoa com um belo e sonoro NÃO.

Esta pequena palavra pode ser interpretada pelo cérebro da pessoa como uma crítica, como se dissesse “você está errado”.

Críticas são entendidas pelo cérebro como ameaças, que podem ser resolvidas de duas formas: fugindo ou lutando, o que bloqueia um diálogo racional com escuta ativa.

Aí a consequência normalmente é parar a conversa e ir cada um para um lado com suas próprias opiniões (fugir) ou uma conversa/discussão mais acalorada (luta), na qual ambos querem provar que sua ideia é a melhor.

Percebi com clareza há pouco tempo que, eu e várias pessoas ao meu redor, começamos muitas frases em um diálogo com “não”.

Pouco antes de escrever este texto, estava conversando com um colega de trabalho e sugeri que ele fizesse uma análise de riscos e proposta de possíveis soluções para uma situação que me trouxe, afinal era uma grande oportunidade visibilidade com o chefe.

Enquanto conversávamos, após quase todas as frases ele respondia com “Não” (infelizmente não contei, mas com certeza passou de 10 “nãos” em 20 min de conversa).

E esta resposta vinha mesmo que ele concordasse com o que eu estava falando, “Não. Então, é isso que você falou!”. Engraçado, né?

Além deste exemplo, em português, muitas vezes negamos duas vezes, sem necessidade, pois uma vez já é suficiente. Exemplo: “não, não quero isso".

Depois da conversa que tive com o colega de trabalho, perguntei para minhas colegas de equipe se elas notavam também este vício de linguagem.

Após a confirmação, sugeri um desafio: passar o fim de semana percebendo se falou e evitando começar as frases, principalmente as afirmativas, com o tal “NÃO”.

E você, topa o desafio?

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